A trama têxtil artesanal converte-se em assinatura. Traz força e poesia à estética que marca o desenho da cadeira e banco Trancelim revestidos de códigos conectados às celebrações populares, às tradições da colonização portuguesa resistentes ao tempo. Contemporâneas, as peças aglutinam em aço e corda naval referências da dança homônima, típica das manifestações que no período junino invadem ruas e terreiros das cidades cearenses de Barbalha, Crato e Juazeiro. A coreografia que resulta no entrelaçamento de fitas coloridas em um mastro central surge reproduzida no ir e vir da trama abraçada à estrutura metálica. Os participantes – homens e mulheres – estão subentendidos no baile dos fios que seguem o ritmo das mãos do mestre Geraldo, artesão do Estúdio. A originalidade expõe o luxo do feito à mão, com assento no patrimônio imaterial.

Banco Trancelim - o design faz a dança dos fios